Refrão
Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar.
Viva o dono cá da casa,
Que nos deu este jantar,
Mesmo com um grão na asa,
Eu a todos vou saudar.
Obrigado, tio Gusto,
Foi ‘ma Santa Consoada,
Não vou perguntar o custo
Desta bela jantarada.
Refrão
Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar
Obrigado, tio Gusto,
P’la posta de bacalhau,
Consegui comê-la a custo,
Não era posta, era um calhau.
Mandam-me ser responsável
Em matéria de consumo,
Mas é pouco aceitável
Nesta mesa só ter sumo.
Refrão
Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar
Viva a fada deste lar,
Que dá o melhor que tem,
É por muito nos amar
Que a gente de longe vem.
Senhora Dona Aninhas,
Podem faltar as filhós,
Que o melhor são as prendinhas
Lá das pencas de Candoz.
Refrão
Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar
A ajudante de cozinha
É a nossa q’rida Berta,
É uma babada avozinha,
Com mais uma linda neta.
Do nosso amigo José,
Pai da Sandra e do Miguel,
Dirão os netos que é
Um torrãozinho de mel.
Refrão
Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar
É um avô muito feliz,
Com três belos repimpolhos,
Não é ele que o diz,
Vê-se o brilho nos seus olhos.
Um tipo muito porreiro
É também o nosso Pedro,
Marra às vezes como um Carneiro,
P’ra ninguém isso é segredo.
Refrão
Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar.
Os doutores que à mesa ‘stão,
São dois tipos do carago,
De Lisboa, o João,
E o do Porto, o Tiago.
Já receitam aspirina,
Só não abrem corações,
Estão a acabar medicina
Os nossos dois valentões.
Refrão
Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar
É mouro, o meu cunhado,
Não é caso p’ra ter pena,
Já tem lugar reservado
Neste hotel da Madalena.
De Lisboa com amor
Veio a Alice, minha mana,
P’rá festa ter mais calor,
Trouxe com ela a Joana.
Refrão
Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar
Nesta quadra natalícia,
Falta saudar os mais VIP
A Sofia e a Patrícia,
O Rui e o Luís F’lipe.
Seus sorrisos calam fundo,
Não há melhores prendinhas,
Nada mais belo no mundo,
Que as nossas criancinhas.
Filhos do Rui e da Sandra,
O João Pedro e a Leonor,
Esta é a mais malandra,
Mas também um rico amor.
Filhos de Pedro e Patrícia,
O Diogo e a Tatiana
São também uma delícia,
Uma canalha bacana.
.
Refrão
Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar
Mesa farta, caldo quente,
Na ceia de fim de ano,
É sinal de boa gente,
Bato à porta, não m’ engano.
Boas festas, Senhor Gusto,
Eu que sou seu convidado,
É com gosto, não a custo,
Que lhe digo obrigado.
Refrão
Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar
Já lá vai o dois mil e seis
Que não nos deixa saudade,
Com os dedos sem anéis,
Salvou-se a maternidade.
Nasceu a bela Maria,
Alegria dos avós,
Do Miguel e da Sofia,
Prenda para todos nós.
Dois mil e sete, ano novo,
Saúde e algum dinheiro,
P’ra esta gente, este povo,
Dos Soares aos Carneiro.
Refrão
Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar
Madalena, noite de Consoada, 24 de Dezembro de 2006 / Ceia de Ano Novo, 31 de Dezembro de 2006
01 janeiro 2007
A Consoada e as Janeiras
Sou sociólogo do trabalho e da saúde, doutorado em saúde pública, professor na Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Nova de Lisboa, em Lisboa... Sou casado com a Alice, e tenho dois filhos: (i) Joana, psicóloga e ilustradora; e (ii) João, médico e músico. Fiz a guerra colonial na Guiné (CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71). E-mail
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