23 dezembro 2021

Natal e Janeiras da Madalena, 2021/22

 Natal e janeiras da Madalena, 2021/22

 

Foi uma noite maravilhosa,

Nitas e Gusto, queridos,

Estamos muito agradecidos

P’la partilha generosa.

 

“Temos Natal a dobrar,

Com nossos filhos e noras,

Valem ouro estas horas”,

Diz a Nitas, a chorar.

 

Na Madalena há magia,

Na Consoada dos primos,

Mais que prendas, querem mimos,

E que acabe a pandemia.

 

De Lisboa vem o João,

Mais a sua Catarina,

Trazendo a sua menina,

E alegrando-nos o coração.

 

 

 

O Tiago e a Sofia,

São os papás mais babados,

Os maus momentos estão passados,

E o que conta é a companhia.

 

Bebé chorão é o Joquinhas,

O artista principal

Desta Noite de Natal,

Sem desprimor prás priminhas.

 

 A Carolina é a fada,

C’o a varinha de condão,

Cuidado que faz anão,

Quem, ao lado, lhe não der nada.

 

A Clarinha vem brincar

Com os primos cá do Norte,

E diz que tem muita sorte

E mais vezes há de voltar.

 

O Filipe e a Susana

Encantados também estão,

“São todos filhos do coração”,

Jura a nossa dona Ana.

 

Estão bem cheias as baterias,

Que a vida é p’ra se viver,

Mesmo que tenha de ser

Com tristezas e alegrias.

 

“P’ra a semana se verá,

Quem mandam são as plaquetas,

Já estou farta de tantas tretas,

Mas ainda ando por cá.

 

“Três anos de tratamento,

Muitas horas no hospital,

Hoje esqueço, é Natal,

É o meu contentamento.

 

“E p’ró ano com novas pernas 

Virá muito mais animado,

O Luís, nosso cunhado,

Com as suas rimas fraternas.”

 

 

 

 

Apontem na vossa agenda,

Que a vinte e cinco é rainha

A mãe da nossa Clarinha,

Com direito a uma prenda.

 

Faz aninhos no Funchal,

E a festa é a dobrar,

Parabéns lhe vamos dar,

No seu dia de Natal.

 

Já está longa a versalhada,

Boa noite, chicoração,

Amanhã há avião

E uma nova… Consoada!...

 

Madalena, 23 de dezembro de 2021,

A Consoada dos Primos, Tiago & Sofia, Luís Filipe & Susana, João  & Catarina, mais os descendentes, Carolina, Clarinha e Joquinas, e devidamente “autotestados” os ascendentes Gusto & Nitas, Luís & Alice.

12 março 2021

Soneto para a Clarinha, aos 16 meses (Luís & Alice)

Lisboa > Sra do Monte > 6 de março de 2021 

Soneto para a Clarinha, aos 16 meses

 

Chamou-me “vovô” e disse “muito gota”

Para logo a seguir perguntar p’la “mamã”,

E foi uma grande alegria esta manhã,

Ver e ouvir, aos dezasseis meses, esta garota.

 

É vivaça e esperta a resolver problemas,

Mesmo com menos creche e mais confinamento,

É muito notável o seu comportamento,

E os seus progressos a experimentar fonemas.

 

Diz a avó que tem personalidade forte,

E os seus cinco sentidos muito apurados,

E vai crescendo com saúde e boa sorte.

 

Pena não podermos estar na tua festinha,

A jantar contigo mais os teus pais babados,

Estamos aí em pensamento, querida Clarinha!

 

Lourinhã, 12 de março de 2021,

Os avós Luís & Alice

11 março 2021

Em louvor do nosso novo sobrinho-neto, João (Luís & Alice)

Em louvor do nosso novo sobrinho-neto, João


Nasceu ontem o nosso menino Joquinhas, 
Tão aguardado, filho da mamã Sofia, 
E do papá Tiago… E que alegria, 
Todos, felizes, lhe vamos fazer festinhas, 

Logo que regresse à sua nova casa!... 
À sua frente vai ter um novo planeta, 
Refeito, sim, dos erros da gente pateta, 
Mas sem fazer, do passado, tábua rasa… 

Não será, pois, um novo mundo admirável, 
Totalitário, mas antes livre e justo, 
Mais verde, mais seguro e mais sustentável. 

E há de ser orgulho dos pais e avós, 
Estando eu a vê-lo, p’la mão do avô Gusto, 
A caminhar com nós p’lo estradão de Candoz. 

Lourinhã, 11 de março de 2021, 

Os tios-avós Luís & Alice

15 janeiro 2021

Para a Nitas, o nosso ombro amigo, no dia em que faz 74 aninhos


Porto  > Instituto Industrial > c. 1970/71 > A Nitas, estudante. Foto do álbum de família (dcom a devida vénia)


Para a Nitas, o nosso ombro amigo,

no dia em que faz 74 aninhos




Em Candoz, em quinze de janeiro, nasceu,

Em mil nove quarenta e sete, uma menina,

E, com o nome de Ana, ali cresceu,

Com mesa farta mas sem iguaria fina.



“Meu pai, eu quero ir estudar lá para o Porto,

Que aqui só posso ser uma lavradeira”.

E o pai lhe disse: “Vai, filha, não me importo,

Desde que voltes casada e engenheira”.



E assim foi: formou-se e teve um grande amor,

Dois filhos, uma neta e outro que há de vir.

Hoje faz anos, com alegria e com dor.



Mesmo à distância, querida, estamos contigo,

Estás doentinha, sem vontade de sorrir,

Mas sabes que tens aqui… um ombro amigo!



Teus manos e sobrinhos que te amam muito,

Alice, Luís, Joana e João

(Com um chicoração também da Clarinha e da Catarina)



Lourinhã e Lisboa, 15 de janeiro de 2021.