29 agosto 2009

Helis contra os fogos florestais (2): O Kamov Ka 32 em acção





Candoz > 29 de Agosto de 2009 > O Kamov Ka-32 em acção na nossa terra, o heli pesado de combate a incêndios florestais, de fabrico russo. Sobre esta aeronave, ao serviço da ANPC, pode ler-se no sítio Área Militar:

(...) "Portugal adquiriu seis destas aeronaves, na sua versão para combate a incêndios. Os Ka-32 portugueses estarão equipados com um depósito suspenso do tipo «balde» com capacidade para até 5000 litros de Água.

"O Kamov Ka-32 consegue transportar quase tanta água como a aeronave de combate aos fogos Canadair, podendo reabastecer-se tanto em rios como em simples lagos, onde a aeronave do Canadá não pode operar. Além de operações de combate a incêncios os Kamov KA-32A portugueses ao serviço da 'Protecção Civil' também colaboraram em operações de busca e salvamento" (...)

...) "Família de helicópteros Ka-25, foi concebida originalmente por Nikolai Kamov ainda nos anos 50 e o primeiro Ka-25 voou em 1961.

"Em 1967, um substituto para o Ka-25 começou a ser estudado. Desse estudo resultaria o helicóptero Ka-27 cujo primeiro voo ocorreu em 1974.

"A mais distintiva característica dos helicópteros Kamov, é a não existência de um rotor de cauda, que nos helicópteros convencionais é utilizada para compensar a rotação do rotor principal e manter a aeronave estável. Ao contrário, os helicópteros da família Kamov, têm um sistema de dois conjuntos de três pás, montados num mesmo eixo, rodando cada um deles em posições opostas.A navegação é auxiliada pelos dois grandes lemes traseiros. Este tipo de configuração foi considerado adequado para operação a partir de navios, pois a não existência de cauda, torna a aeronave mais compacta" (...)


Características técnicas (para os amantes destes máquinas, agora ao serviço da paz):

(i) Dimensões: Comprimento: 11.3m; Envergadura: 15.9 m; Altura: 5.4 m.

(ii) Motores/ Potência: 2 x motores Klimov TV3-117V; Potência total: 4380 HP/CV

(iii) Peso / Capacidade de carga: Peso vazio: 6500 Kg; Peso máximo/descolagem: 11000 Kg; Numero de suportes p/ armas: 0; Capacidade de carga/armamento: 5000 Kg; Tripulação / passageiros: 2.

(iv) Velocidade/Autonomia: Velocidade Maxima: 270 Km/h; Máxima (nível do mar): Não disponível; De cruzeiro: 240 Km/h; Autonomia standard /carregado : 600 Km; Autonomia máxima / leve 800 Km; Altitude máxima: 6345 m

Fonte: Área Militar (com a devida vénia)

Fotos e vídeo (0' 47''): © Luís Graça (2009). Direitos reservados



Vídeo (1' 13''): © Luís Graça (2009). Direitos reservados

Candoz > 29 de Agosto de 2009 > Fim de semana de incêndios... Neste caso, o fogo era no Juncal, freguesia de Paredes de Viadores... Um heli pesado, ao serviço da ANPC, andava ali, à nossa frente, num rodopio constante, abastecendo-se de água na barragem do Carrapatelo (que fica à nossa direita)... Tomada de vistas da 'nossa varanda', na Quinta de Candoz.

Helis contra os fogos florestais (1): Juncal, Passinhos


Vídeo (1' 06''): © Luís Graça (2009). Direitos reservados




Candoz > 29 de Agosto de 2009 > Fim de semana de incêndios... Os helis pesados (ao serviço da Autoridade Nacional de Protecção Civil) andavam, à nossa frente, num rodopio constante, abastecendo-se de água na barragem do Carrapatelo, à nossa direita... O fogo ameaçou casas de habitação, ali perto de nós, no Juncal, freguesia de Paredes de Viadores, curiosamente numa zona apetecível para a construção civil...

Nesse dia também vimos, atravessando o nosso céu, dois Canadairs (?) no combate ao fogo da serra da Aboboreira, em Baião, concelho vizinho (de que as primeiras freguesias são visíveis, a olho nu, da 'nossa varanda', na Quinta de Candoz).

Demos conta, na nossa terra, do accionamento do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) (vd. logótipo, acima, à esquerda), cujo objectivo é "garantir em permanência, nos níveis nacional, distrital e municipal, a resposta operacional adequada e articulada"... Este ano, mais uma vez ardeu um dos nossos montes, o Quartão, pela enésima vez... Tivemos cá, na semana anterior (creio que a 23...), bombeiros de Peniche e do Bombarral, ou seja, do meu Oeste estremenho (LG).

Os frutos do nosso trabalho...




Vídeo (1' 27''): © Luís Graça (2009). Direitos reservados


Dizem os estatutos que "eles e elas" são uma bela irmandade, e que distribuem, entre si, e entre a demais família e os amigos, com sentido de equidade e generosidade, os frutos do seu trabalho... Não há distribuição de dividendos, apenas de frutos da terra e muitos afectos...

(...)

6
É uma bela irmandade
De manos e de cunhados;
Exemplo de humildade
P'ra ricos e remediados.

7
P’ra ricos e remediados,
Qu’ eles pobres todos são;
Às vezes andam zangados
Mas pelo dinheiro, não!

8
Mas pelo dinheiro, não,
Qu’é coisa que não herdaram;
Do Sã’ Miguel ao Sã’ J’ão,
Trabalhos nunca faltaram.

(...)

E os frutos do seu trabalho vão das uvas aos marmelos, das castanhas às batatas, das laranjas às cerejas, dos pimentos Padron aos tomates, das cebolas às pencas... 

Há de tudo um pouco neste cantinho da nossa terra, com vista para Montemuro, a barraggem do Carrapatelo, a linha do Douro, a paisagem de Baião do Eça de Queirós de A Cidade e as Serras... que a Quinta de Tormes é já ali ao lado, do outro lado, já no concelho de Baião.