21 janeiro 2009

Adivinhem quem faz anos hoje ? O João, outro dos nossos médicos...


Caricatura de João, no livro do Curso de Medicina de 2002/2008, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (FCM / UNL). (Cartoonista: Rui Duarte) (Com a devida vénia...).

O João faz hoje 25 anos... Filho da Maria Alice e do Luís Graça. Vive em Alfragide. Está a fazer o ano comum do internato médico no Hospital de São Francisco Xavier / Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE.


À minha mãe, ao meu pai, à minha mana, aos meus avós,
e aos meus amigos, mais que mil,
tantos que não cabem aqui todos,
mas que eu gostaria de rever
no dia em que faço um quarto de século!



Às vinte e três, trinta e três,
De mil nove e oitenta quatro,
Nascia eu, bela rês,
De normalíssimo parto.

Quatro quilos mal pesados,
Cinquenta e um de comprido,
Meia dúzia de criados,
E eis um rapaz bem parido.

Bem parido e melhor tratado
P’la mão de futura ministra;
P’ra me mostrar obrigado,
Fiz-lhe uma coisa sinistra.

Sinistra, é um exagero,
Com a bexiga apertadinha,
Logo disse: “Eu cá, não espero”,
Aí vai uma mijinha…

Coitada da minha mãe,
Ali deitada, indefesa,
Que foi vítima também
Desta minha safadeza.

Privado é o hospital,
Aquário meu signo é,
E meu país Portugal,
Só mais tarde CEE.

Não me faltou o carinho,
De amigos, mais de mil,
Nem o meu o pai, queridinho,
Tudo gente de Abril.

Em casa fui recebido
Como um peludo ursinho,
Mimado, mais que lambido,
P’rá Joana, era o fofinho.

Ao apelido Carneiro,
Não achei grande graça,
Na escolinha era o primeiro,
Mas, lá fora, de má raça.

Chamavam-me João Mé-mé,
Por troça ou brincadeira,
À dentada e a pontapé,
Geri o conflito à maneira.

Vesti o bibe da creche,
No INSA era um senhor,
Até mordi, ao que parece,
O neto do director!

Lembro a Helena Munhoz
Que foi minha educadora,
Mas um dia ela e nós,
Foi-se tudo dali embora.

No Bairro de São Miguel,
Estudei com a Rosa Ralo,
O primeiro dia foi fel,
Custou muito a amargá-lo.

Da escola C mais S
Tenho muita saudade,
Ou o Garret não fosse
O meu prof da liberdade.

Em Alfragide, onde moro,
Tenho amigos do coração,
Tenho a Rita, que namoro,
E mais alguns que aqui estão.

Dou um salto até ao Camões,
Já a tocar violino,
Lá fiz mais amigalhões,
E decidi meu destino.

O resto da minha história
Não vou pô-la na praça,
É futura memória
Do senhor doutor João… Graça.

Vai a última quadrinha,
Para alguém muito especial,
A minha querida mãezinha,
A quem devo este Natal.

A ela faço homenagem,
Ao quilómetro vinte e cinco
Desta terrena viagem:
Às vezes choro, e outras… brinco.

Obrigado, Dona Alice,
Do coração, cá do fundo,
Acho que nunca te disse:
És a melhor... mãe do mundo!

(Versos de L.G., lidos na festa de anos do João,
Alfragide, 21 de Janeiro de 2009)

1 comentário:

Anónimo disse...

Grande abraço para o joão.
Tudo de bom e muitas felecidades!!!