Queridos/as irmãs, irmãos, cunhados/as, tios/as, primos/as:
Dizem que a
distância faz esquecer…
Talvez, se
for prolongada no tempo.
Mas agora,
não é distância, é confinamento,
que nos foi
imposto por uma pandemia…
E logo hoje
que é Páscoa,
festa maior
da nossa gente de Candoz.
E logo hoje
que não nos podemos abraçar nem beijar,
cada um de
nós confinados nas nossas casas.
Esta
dramática circunstância aviva a saudade,
que nos faz
lembrar, e lembrar cada um de vós,
com quem
gostaríamos de estar,
hoje muito
em particular…
É Páscoa, é
abril, é primavera,
não haverá
compasso, nem arroz pingado, nem foguetes,
nem o ruído
nem a alegria de um mesa grande e farta.
Mas, daqui,
do Sul, da Lourinhã, de Alfragide, de
Lisboa,
comungamos
da esperança de, em breve,
nos podermos
voltar a encontrar
e sabermos, de viva voz,
como é que cada
um de vós “toureou o corno do vírus”…
Hoje é dia
de alegria também
pelos cinco
mesinhos de vida da nossa Clarinha,
que ainda
nada sabe dos males do mundo.
Estaremos,
em pensamento, convosco.
E desejamos
que rapidamente a gente
consiga,
individual e coletivamente,
sair bem
deste tempo de ameaça e de clausura.
Um cesto grande de abraços, chicorações, beijinhos…
com uma lagrimazinha devidamente
“higienizada”…
Luís e Alice
(Lourinhã), Joana (Alfragide), João e Catarina (Lisboa)
12/4/2020
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