12 abril 2020

A Páscoa do confinamento e da saudade

Queridos/as irmãs, irmãos, cunhados/as, tios/as, primos/as:

 

Dizem que a distância faz esquecer…

Talvez, se for prolongada no tempo.

Mas agora, não é distância, é confinamento,

que nos foi imposto por uma pandemia…

 

E logo hoje que é Páscoa,

festa maior da nossa gente de Candoz.

E logo hoje que não nos podemos abraçar nem beijar,

cada um de nós confinados nas nossas casas.

 

Esta dramática circunstância aviva a saudade,

que nos faz lembrar, e lembrar cada um de vós,

com quem gostaríamos de estar,

hoje muito em particular…

 

É Páscoa, é abril, é primavera,

não haverá compasso, nem arroz pingado, nem foguetes,

nem o ruído nem a alegria de um mesa grande e farta.

 

Mas, daqui, do Sul, da Lourinhã,  de Alfragide, de Lisboa,

comungamos da esperança de, em breve,

nos podermos voltar a encontrar

e  sabermos, de viva voz,

como é que cada um de vós “toureou o corno do vírus”…

 

Hoje é dia de alegria também

pelos cinco mesinhos de vida da nossa Clarinha,

que ainda nada sabe dos males do mundo.

 

Estaremos, em pensamento, convosco.

E desejamos que rapidamente a gente

consiga, individual e coletivamente,

sair bem deste tempo de ameaça e de clausura.

 

Um cesto grande de abraços, chicorações, beijinhos… 

com uma lagrimazinha devidamente “higienizada”…

Luís e Alice (Lourinhã), Joana (Alfragide), João e Catarina (Lisboa)

12/4/2020

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