24 março 2024

24 de março de 2024: Hoje, só me apetece gritar: ainda era cedo, Madrinha, Tia Anita! (Cristina Barbosa)





Lagos, 1981 > Junto à estátua do rei Dom Sebastião de José Cutileiro (1973): da esquerda para a direita, Gusto, Filipe, Cristina, Nita, Joana, Chita, Béu… (Ainda estavam para nascer o João e o Tiago)

 Foto: Luís Graça (2024)


Ainda era cedo, Madrinha, Tia Anita!


por Cristina Barbosa


Há um ano atrás, o dia amanheceu. e logo de imediato, ficou nublado e muito triste!

Em casa de cada um dos teus amores, se suspirava por ti... Não quero falar muito sobre esse dia.

Desde que me conheço gente, nomeie-te de minha segunda mãe, e tu correspondeste a este valor que te atribuí.

Pois foi, ensinaste, ouviste, reprendeste, preocupaste, ajudas-te, sofreste, sorriste, abraçaste (me), o inerente a cada um destes verbos, juntando o nós em cada momento que eu precisei.

Estavas SEMPRE lá!!

Gostei tanto de te ter presente na minha vida, que estendi-te a ti e ao tio Gusto, o convite de padrinhos do meu filho mais velho, o Nuno, ao que prontamente acederam e, por quem nutrem carinho igual ao que têm por mim.

Tenho a cada dia 24, feito uma espécie de “Diário de Bordo”, sobre o que vivi contigo e com os eus... Faz-me bem!... Hoje, vou partilhar algumas de tantas coisas que vivenciamos. Guardarei sempre o nosso último encontro, foi maravilhoso e vou guardar o teu último beijo e o teu último sorriso às sete chaves para que não mo possam tirar.

Agora Candoz...

A primeira vez que lá cheguei após a tua partida, faltavas tu para me receber com o teu bonito orriso acolhedor, a alegria do teu olhar luminoso igualável À tua presença empática, simples, mas enorme como os teus abraços. Bem tentei previamente preparar-me para o momento. Mas a cada janela que abria, vinha a vontade de me assomar a ela e gritar... Tudo me falava (fala) de ti. As flores, a vinha, os tachos, o linho, os odores, o pó...

Após este ano, nada disso mudou. Mudou a nossa dinâmica em família de continuar viva Candoz, em homenagear-te em tudo o que fazemos, colocando um amor igual ao teu.

Hoje, senti a tua falta! No primeiro Domingo de Ramos sem a tua presença física, naquele almoço que gostava de preparar para vós com todo o carinho. Agora recebo um bocadinho de ti através do Tio e dos meus primos. Vou pedir ao Kiko que gosta de Candoz para passar o texto a computador, porque no rascunho são visíveis as marcas das lágrimas que me caem no rosto.

Hoje, só me apetece gritar: Ainda era cedo, Madrinha, Tia Anita!

Cristina Barbosa

A tua afilhada, ANA Cristina 24/03/24

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindas palavras de homenagem à tua madrinha. Revelam mt o sentimento de amor de família. Bjinho Cristina