01 janeiro 2006

As cores e os sabores do nosso Natal de 2005

Candoz tem outro encanto... no Natal, na Páscoa, na festa da Senhora do Socorro, nas Vindimas, na hora da despedida...(Que não me interpretem mal os meus sócios e cunhados do Porto - e acima de tudo, amigos - para quem Candoz é o sábado, o 'levantar o cu cedo da cama', o frio da madrugada, a poda até Fevereiro, os enxertos, os trabalhos (es)forçados ao longo do ano, a vinha, o vinho, a horta, as batatas, as regas, o mato, a lavoura, a limpeza dos 'montes', o corpo dorido e cansado sábado à noite, 52 semanas por ano, etc., etc.).

O Natal vamos sempre (há quantos anos ?) passá-lo no Norte, primeiro em Candoz (até finais dos anos 80), e depois na Madalena, em Vila Nova de Gaia. O Natal é a família, os amigos. Somos recebidos como príncipes na Madalena, tratados magnanimamente pelo Gusto e pela Nitas, sem esquecer o Luís Filipe e o Tiago, que são os herdeiros daquele turismo de habitação... . E sem nunca ter ouvido ou lido o famoso provérbio popular, segredado, insinuado, pensado ou escarrapachado no espelho da casa de banho: "O peixe e o hóspede ao fim de três dias fedem". E, depois, o melhor, ainda é a conta que nos apresentam, no final das férias...

Na realidade, estamos em casa na Madalena, sentimo-nos em casa na Madalena, Rua Dom Afonso Henriques, nº 30. É o melhor hotel de Portugal, passe a publicidade.

Mas o Natal também são as cores, os cheiros, os sabores da aldeia... Vamos sempre a Candoz matar saudades, mesmo que o Natal agora seja no Porto. Aqui ficam alguns registos, breves, fotográficos, no Natal dos mouros no Norte, e sobretudo da curta visita (com almoço, para comer o arroz de grelhos com moiras...) do dia 26 de Dezembro de 2005. L.G.



A Foz do Douro, ao pôr do sol, vista de carro na ponte da Arrábida, no sentido norte-sul



Um aspecto da nossa vinha, com as serras, ao fundo, que inspiraram o Eça de Queiroz e o seu príncipe Jacinto...


A linha do Douro ao fundo, no troço entre as estações do Juncal e de Mosteiró...

A penca, a famosa penca, comida com o bacalhau lascudo do Natal... No dia seguinte faz-se o não menos famoso farrapo velho...


As cores (fabulosas) dos nossos carvalhos e castanheiros nesta altura do ano...


Um arbusto que em Candoz não está em extinção...


Folha e bolota do carvalho...


As crianças divertem-se, apesar do frio...


Sangue, suor e lágrimas... Uma terra roubada à floresta de carvalhos e de castanheiros...


As delícias do fotógrafo...


A albufeira da barragem do Carrapatelo, com Porto Antigo ao fundo... Paragem obrigatória dos barcos rabelos de antigamente...



A Igreja da Freguesia do Grilo vista de Candoz com uma aproximação de 12 vezes.





O estrume que vai alimentar as videiras... Os muros de pedra que suportam as leiras...

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