Fotos: Luís Graça (2009)
Aqui vão uns versinhos de parabéns para o Gusto que faz hoje 62 anos ("bem passados, como o bife")... Gostava que fosse a Nitas lê-los, mais logo, ao seu "mais que tudo", no dia da sua festa, depois de saltar a rolha do espumante e de se fazer o chim-chim da praxe...
Em nome de todos nós, a família, os cunhados e as cunhadas, os sobrinhos e as sobrinhas, os amigos e as amigas, de Lisboa, do Porto, de Matosinhos, de Paredes, da Madalena, de Candoz, de todo o lado... De Lisboa, os de mais longe, aquele chicoração especial, dos cunhados Alice e Luís e dos sobrinhos Joana e João (LG):
Contra a colite ulcerosa
O doente tem que ser velhaco,
É uma doença merdosa,
Vou lixá-la com o tabaco.
Já deixara o cigarrito,
Um dos meus poucos vícios,
Agora cá o Gustito
Não lhe vê só malefícios.
A úlcera está curada,
Foi o combate de uma vida,
Uma autêntica cruzada,
Uma luta desmedida.
Se eu já me reformei,
Haja saúde e… caroço,
Trabalhei que me fartei,
Desde menino e moço.
Sou uma espécie em extinção,
O homem dos sete ofícios,
Já toquei acordeão,
Só nunca fui a... comícios.
O Porto é a minha cidade,
Mas trabalho que nem um mouro,
Em Candoz, de sociedade,
Tendo ao fundo o Rio Douro.
Só não sou um hortelão
Nem cavador de enxada,
P'lo tractor tenho paixão
E na poda sou um espada.
Estou sempre na bricolagem,
Não sou tipo de estar parado,
E, mesmo quando em viagem,
Não me ponham atrás, sentado.
Não sou lá muito efusivo
Na expressão dos sentimentos,
Se puder logo me esquivo
Quando vejo ajuntamentos.
Sempre de Dragão ao peito,
Sou treinador de bancada,
P’ró que tenho menos jeito
É a conversa fiada.
Estou mais velho, c’um carago...
Há a família que adoro,
Meus filhos Filipe e Tiago,
Mas só com a Nitas moro.
A vida é uma autoestrada
Que só tem uma saída,
Quanto mais acelerada,
Maior risco de ser mal vivida.
A Nitas vai-me aturando
Nestas longas caminhadas,
Ora gemendo e chorando,
Ora dando... umas gargalhadas.
Já lá vão sessenta e dois,
- Como o bife, bem passados -
Vivo o agora, e o depois...
Logo se vê, meus cunhados!
Texto e vídeo (3' 48''): © Luís Graça (2009). Direitos reservados
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