14 fevereiro 2018

Soneto de um (e)terno (e)namorado




Alcácer do Sal, 28 de janeiro de 2018, ao pôr do sol. Fotos de Luís Graça (2018)


Soneto de um (e)terno (e)namorado

para a Chita


Quisera eu jurar-te amor eterno,
se imperfeito não fosse o meu ser,
nesta terra, muitas vezes inferno,
onde temos de viver e morrer.

Esquece, amor, não há o céu dos amantes,
um lugar perfeito e aborrecido,
lá não passaríamos de figurantes,
sem o cantinho que nos é querido.

Aceita, pois, este pobre soneto,
de um homem que por ti se fez poeta,
e que não te deu o céu, mas um gueto,


onde às vezes te sentes prisioneira.
Porém, não teve por ti uma paixoneta,
antes, sim, uma paixão verdadeira.

Alfragide, Dia dos Namorados,
14 de fevereiro de 2018

Teu (e)terno (e)namorado, Luís

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