Candoz: a Nitas aos 12 anos, quando cortou as tranças...
Paredes de Viadores > A Nitas e o Gusto em 1966,
por ocasião do casamento do irmão,
Manuel Ferreira Carneiro, com a Mi
no dia do casamento desta com o Eduardo.
Foi a primeira neta dos avós José Carneiro
e Maria Ferreira
Fotos de família (com a devida vénia).
1. Na hora da despedida da Terra da Alegria: homenagem à nossa querida Nitas, Ana Ferreira Carneiro Pinto Soares (Candoz, 15 jan 1947 - Porto, 24 mar 2023) - Parte II (Maria José Barbosa, "Zezinha") (*)
Oração fúnebre dita na missa de corpo presente, na igreja do Padrão da Légua, Matosinhos, dia 25 de março de 2023, cerca das 11h00, pela Maria José Barbosa, a sobrinha Zezinha,
Texto de que a tia Nitas gostava muito e que me pediu para ler, na hora do último adeus:
Aos meus amores e aos meus amigos:
Ah!, por favor, não vos deixeis morrer!... Nos últimos anos que passaram, a morte levou tantos e alguns nem sequer se despediram de nós….
Mas eu não quero cometer a mesma ingratidão. Na hora da minha partida, faz-me um favor, chora o quanto quiseres, mas não te revoltes contra Deus por Ele me ter levado.
Ah!, por favor, não vos deixeis morrer!... Nos últimos anos que passaram, a morte levou tantos e alguns nem sequer se despediram de nós….
Mas eu não quero cometer a mesma ingratidão. Na hora da minha partida, faz-me um favor, chora o quanto quiseres, mas não te revoltes contra Deus por Ele me ter levado.
Se não quiseres chorar, não chores, se não conseguires chorar, não te preocupes, e até se tiveres vontade de rir, ri-te do absurdo e da injustiça que é, muitas vezes, a vida e a morte, para os não crentes e até para os crentes. Olha, vê o meu sofrimento ao longo destas quatro anos de doença…
Se alguns dos meus amigos e conhecidos te contarem algum facto a meu respeito, ouve e depois acrescenta a tua versão; se me elogiarem demais, corrige o exagero; se me criticarem demais, defende-me.
A vida inteira eu tentei ser boa e amiga de todos, o que não quer dizer que eu não tivesse também os meus pecados. Por favor, não me santifiques nem me diabolizes.
Sendo crente e cristã, não quero que falem mais de mim do que de Jesus Cristo, se quiseres falar com Ele, fala que eu ouvirei, eu espero estar com Ele, a partir de agora, e poder interceder por todos vós, meus amores e meus amigos, que ainda ficaram na Terra.
E se tu tiveres vontade de escrever algo sobre mim, diz apenas uma frase: “Foi minha amiga, acreditou em mim”. Ou “Foi a companheira da minha vida”; ou “Foi a minha querida minha mãe, nora, avó, irmã, cunhada, tia, etc”…
Se alguns dos meus amigos e conhecidos te contarem algum facto a meu respeito, ouve e depois acrescenta a tua versão; se me elogiarem demais, corrige o exagero; se me criticarem demais, defende-me.
A vida inteira eu tentei ser boa e amiga de todos, o que não quer dizer que eu não tivesse também os meus pecados. Por favor, não me santifiques nem me diabolizes.
Sendo crente e cristã, não quero que falem mais de mim do que de Jesus Cristo, se quiseres falar com Ele, fala que eu ouvirei, eu espero estar com Ele, a partir de agora, e poder interceder por todos vós, meus amores e meus amigos, que ainda ficaram na Terra.
E se tu tiveres vontade de escrever algo sobre mim, diz apenas uma frase: “Foi minha amiga, acreditou em mim”. Ou “Foi a companheira da minha vida”; ou “Foi a minha querida minha mãe, nora, avó, irmã, cunhada, tia, etc”…
Então podes derramar uma lágrima, não fará mal, eu não estarei lá para enxugá-la, mas outros familiares e amigos estarão, e farão o mesmo no meu lugar. E, vendo-me bem substituída, irei cuidar da minha nova tarefa lá no Céu.
De vez em quando espreita lá para cima, para o céu estrelado, eu estarei por lá, nalguma estrelinha, e ficarei muito feliz vendo-te a olhar para o firmamento, quiçá à procura de Deus ou de resposta para as tuas perguntas sobre o sentido da vida e da morte. E, quando chegar a tua vez de deixares esta Terra que também foi a da nossa alegria, que nenhuma barreira nos separe, vamos continuar a celebrar o amor e a amizade.
Há quem, de entre vocês, não acredite nestas coisas. Se tu acreditas, então reza, como quem sabe que vai morrer um dia, e que, ao morrer, sabe que viveu uma vida que valeu a pena.
Ter tido o privilégio do vosso amor e da vossa amizade já foi ter tido um pedacinho do Céu. Na hora da partida da Terra da Alegria, consola-me ter sabido que muito amei e que fiz muitos e bons amigos.
Até sempre, meus amores e meus amigos. A vossa Nitas.
De vez em quando espreita lá para cima, para o céu estrelado, eu estarei por lá, nalguma estrelinha, e ficarei muito feliz vendo-te a olhar para o firmamento, quiçá à procura de Deus ou de resposta para as tuas perguntas sobre o sentido da vida e da morte. E, quando chegar a tua vez de deixares esta Terra que também foi a da nossa alegria, que nenhuma barreira nos separe, vamos continuar a celebrar o amor e a amizade.
Há quem, de entre vocês, não acredite nestas coisas. Se tu acreditas, então reza, como quem sabe que vai morrer um dia, e que, ao morrer, sabe que viveu uma vida que valeu a pena.
Ter tido o privilégio do vosso amor e da vossa amizade já foi ter tido um pedacinho do Céu. Na hora da partida da Terra da Alegria, consola-me ter sabido que muito amei e que fiz muitos e bons amigos.
Até sempre, meus amores e meus amigos. A vossa Nitas.
(Revisão e fixação de texto: Luís Graça... Texto lido pela Maria José Barbosa, a Zezinha, nascida em 1963)
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